Microsoft Edge: O que os webdesigners precisam saber

Essa semana a Microsoft apresentou seu novo browser, o Edge, que era conhecido anteriormente como Projeto Spartan.
Muito se falou sobre a capacidade dele de adicionar anotações pessoais em websites. No entanto, esses recursos são destinados a usuários comuns, os webdesigners irão usar o navegador de uma forma bem diferente; Enquanto os webdesigners vão esperar para adotar o Edge como navegador padrão, a maioria dos programadores deve usá-lo para testes de código.
Enquanto não sabemos exatamente como o Edge irá funcionar, existem algumas coisas que eu sei, e outras que posso tentar comentar.
Mudança de abordagem:
Quando vi pela primeira vez o anunciarem o Edge, o que mais me impressionou foi a mudança na ênfase do logotipo. Ele ficou mais simples, obedecendo uma linha com menos detalhes. O efeito de contorno externo foi removido e as cores mudaram também.
A Microsoft não se vê mais como o centro da internet:
No logotipo do Internet Explorer, o “e” passava um efeito de pouca mobilidade com uma rotação em torno dele; para a Microsoft, o IE era literalmente o centro da Web, com todas as outras tecnologias orbitando ao seu redor.
No logotipo do Edge, o anel orbital foi descartado, e a rotação agora faz parte do “e”; que como eu disse também está mais simples; Isto indica uma mudança na abordagem e sugestões em uma crescente consciência de um conjunto mais amplo de interesses, de cooperação entre a corporação e os padrões web.
Outra coisa notável sobre o logotipo é que o traçado no ‘e’ deixa o centro aberto, fazendo com que o logotipo seja mais legível em pequenos dispositivos. Uma indicação de que a Microsoft finalmente resolveu ser mobile.
Foco na web móvel:
Mesmo as empresas menos informadas estão cientes do crescimento da web móvel, então não é surpresa que a Microsoft preparou o Edge para o mercado móvel.
A internet móvel acabou sendo um indicativo de que estava na hora de mudar. De acordo com netmarketshare.com, o IE tem uma participação de 56% da navegação Desktop, mas apenas 2,05% no mercado de navegadores móveis. A pesquisa vem desde os dias em que a empresa se vangloriou de ter mais de 90% de todo o tráfego online.
Fomos informados de que o Edge será o único navegador pré-instalado em dispositivos móveis Windows, e será um download opcional em desktops. Como muitas empresas demoram para atualizar as máquinas desktop (chega ser assustador como muitos ainda estão usando o Windows XP) a Microsoft decidiu executar os dois navegadores em paralelo, assim temos o Edge liberado para ganhar terreno no mercado móvel, enquanto ainda permite que os usuários padrão se acostumem.
O que eu ainda não tenho muita certeza é se o Edge estará disponível no Android e IOS. No entanto, dado que as vendas globais Android são 400% maiores que as vendas do Windows Mobile, parece inevitável que, a fim de fazer incursões no mercado de telefonia móvel, a Microsoft terá que preparar o Edge para outras plataformas.
O que isto significa?
Vamos ter não apenas um, mas três novos navegadores para testar. Como será a consistência, ou a escala de tempo para a sua introdução não sabem, provavelmente nem a Microsoft.
Evolução, não revolução:
Apesar do marketing da Microsoft, o Edge não é um navegador revolucionário, pelo menos não tanto quanto os web designers estão preocupados.
De acordo com caniuse.com o suporte CSS no Edge é cerca de 6% melhor do que o IE11, exatamente a mesma taxa de progressão do IE10 para IE11. O ritmo constante sugere que sob o capô, o Edge é praticamente um IE12.
No entanto o Edge só aguenta 75% do que o Chrome oferece, e há algumas omissões extremamente decepcionantes: o Edge não suporta o elemento imagem, que é fundamental para resolver imagens responsivas.
Há um suporte para a especificação de Grids, embora seja para uma especificação mais antiga, parece imitar o suporte Flexbox do IE, que começou como suporte para uma especificação mais antiga ainda, bem antes do suporte completo ser adicionado. Esta abordagem parece padrão para a Microsoft.
Infelizmente os filtros CSS não chegaram nessa versão, ou seja, efeitos de imagem ainda dependem do Photoshop.
Concluindo:
Microsoft Edge é um navegador leve, mais rápido do que o injustamente difamado Internet Explorer, mas a maioria de suas inovações vêm para os usuários.
Para os webdesigners que levam o Edge em conta na concepção e construção de websites, a coisa mais importante pode ser que ele incentiva os usuários a abandonar versões antigas do Internet Explorer.
Os avanços do Edge não excedem os das duas últimas versões do Internet Explorer, mas talvez a mudança do nome seja a peça final do quebra-cabeça necessário para os webdesigners aceitarem o fato de que a Microsoft finalmente tem um navegador decente.